Você já se perguntou por que alguns investidores, como Warren Buffel ou Ray Dalio, são tão bem-sucedidos?
Eles têm algo em comum que os diferencia.
E não, não estamos falando apenas de dinheiro ou de ter uma equipe enorme. Estamos falando de MENTALIDADE, DISCIPLINA E ESTRATÉGIA.
Assista a aula abaixo e entenda:
Aqui no Brasil temos dois sérios fatores que dificultaram muito a vida financeira do cidadão comum.
Uma é nossa tradição em crédito, o brasileiro tem o costume de parcelar tudo em 12 ou 24 vezes. Temos a cultura de antecipar o nosso futuro quando resolvemos fazer compras em crediário ou parceladas.
Outro ponto, é a ausência histórica de educação financeira no currículo do Ensino Fundamental. Enquanto a maioria dos países já incluiu esse tema em suas grades há décadas, no Brasil, a educação financeira só se tornou obrigatória na educação básica a partir de 2020.
Esses dois fatores, fazem com que a vida financeira do brasileiro comum seja um desastre caso ele não possua o mínimo de Inteligência financeira.
Mas afinal o que é Inteligência financeira?
Se a Educação financeira é o conjunto de informações que permitem você entender quais são as ferramentas, quais são as oportunidades, quais são as técnicas que farão você colocar o orçamento em ordem, quitar dívidas, construir uma renda suficiente para seu futuro. Isso tudo é Educação financeira.
Já a Inteligência financeira é a capacidade de colocar isso em prática, capacidade de realizar boas compras na hora de consumir, capacidade de intender seus investimentos, ou seja, inteligência financeira é a capacidade de fazer boas escolhas, escolhas de qualidade com seu dinheiro e com seu tempo.
A inteligência financeira é quando você consegue fazer com que a educação financeira se torne prática, tem componentes muito mais comportamental do que financeiros, propriamente dito.
Inteligência financeira tem a ver com a qualidade das escolhas.
E Infelizmente o que vemos é justamente o contrário, pessoas fazendo péssimas escolhas relacionadas com seus dinheiro, tornando sua vida financeira uma completa desordem.
Quem nunca ouviu a seguinte situação:
Uma pessoa investe mil reais em Bitcoin, após alguns meses ele vê seu dinheiro dobrar, ou seja, ele está com dois mil reais. A forma como ele trata os mil que reais que ele teve de rendimento é diferente da forma ele trata o investimento inicial.
Provavelmente essa pessoa irá arriscar mais com o mil que ganhou de rendimento, fazendo com que ela provavelmente perca até o valor inicial.
Não importa se você ganhou 100 reais na loteria ou se você teve que trabalhar por algumas horas para ganhar 100 reais, o valor é o mesmo, 100 reais são 100 reais...
Na realidade atribuímos valores diferentes dependendo da categoria que colocamos nosso dinheiro: Exemplo. Provavelmente você não tiraria 12 mil reais das suas aplicações para comprar um Iphone, mas caso você ganhasse um bônus de 12 mil reais do seu chefe com certeza estaria mais disposto a comprar um Iphone desse valor.
Quando o dinheiro vem como um bônus, ou quando não esperamos receber esse valor sentimos que podemos gastar esse dinheiro com facilidade.
Mas isso não faz o menor sentido, não devemos gastar uma nota de 100 reais de forma diferente de outra nota de 100 reais, só porque classificamos de forma diferente.
E acredite, fazemos isso com frequência!! O nome disso é Contabilidade Mental
A contabilidade mental é uma fraqueza humana natural, e muitas instituições tiram proveito dessa fraqueza.
Por exemplo: Quando você entra em um cassino é necessário trocar dinheiro por fichas, porque será mais fácil gastar fichas do que dinheiro. E adivinha quem também tira proveito dessa fraqueza? Os bancos! Os bancos sabem que é mais fácil gastar no cartão de crédito do que com dinheiro, embora que, no final das contas é a mesma coisa e é você quem paga por isso.
Por isso não trate seu cartão de crédito de forma diferente do seu dinheiro, é por isso que pagar a vista é a melhor forma de manter o controle.
Por exemplo, esse ano você pode estabelecer que investirá todos seus bônus, renda extra, ou aumento de salário em sua conta de aposentadoria. Se não fizer algo assim é provável que você gaste todos os bônus em compras desnecessárias.
Imagine dois cenários:
Cenário 1 – seu chefe te dá um bônus no final do ano de 1.200 reais
Cenário 2 – seu chefe te da um aumento de 100 reais por mês
Em ambos os casos você irá ganhar 1.200 reais.
Nós não deveríamos tratar esse bônus de forma diferente, correto? Mas nós sabemos que a pessoa que recebe esse bônus de uma só vez irá gastar tudo no final do ano, porque sentirá que algo extra e pode ser gasto.
Por outro lado, você provavelmente economizará o aumento de 100 reais que foi dado ao seu salário. Porque esse aumento de salário faz parte do seu esforço, e este tipo de dinheiro é mais sagrado do que um bônus.
Vou contar a história de Roberta e a armadilha de não saber o que é a Contabilidade Mental.
Roberta era uma profissional bem-sucedida, que sempre se orgulhou de ser organizada em diversos aspectos da sua vida. No entanto, quando o assunto era finanças, ela tinha um peculiar método de separar seu dinheiro: em sua mente, ela destinava cada quantia a uma categoria específica e não misturava as finanças de uma com as outras.
Por exemplo, toda vez que recebia seu salário, Roberta separava imediatamente uma parte para viagens, outra para compras pessoais, uma para emergências e assim por diante. Em sua mente, o dinheiro de viagem só poderia ser usado para viagens, o de compras apenas para isso e nada mais.
Certo dia, Roberta viu um curso que poderia impulsionar significativamente sua carreira. Era uma oportunidade única, mas ela não tinha o dinheiro suficiente em sua "conta mental" de educação. No entanto, ela tinha mais do que o suficiente em sua "conta de viagens". Ainda assim, por considerar que o dinheiro da viagem só deveria ser usado para esse propósito, Roberta decidiu não fazer o curso e, em vez disso, programou uma viagem de férias.
Alguns meses depois, ela viu colegas que fizeram o curso serem promovidos ou recebendo ofertas de emprego melhores. Enquanto isso, embora sua viagem tivesse sido agradável, Roberta sentiu que havia perdido uma oportunidade valiosa de investir em si mesma e em seu futuro profissional.
Foi quando um amigo lhe apresentou o conceito de "Contabilidade Mental". Esse conceito descreve a tendência que as pessoas têm de separar seu dinheiro em diferentes "contas mentais", e como isso pode levar a decisões financeiras erradas. Roberta percebeu que, ao segmentar rígida e mentalmente seu dinheiro, ela limitou sua capacidade de usar seus recursos da maneira mais eficaz.
Vocês já se perguntaram quantas escolhas fazem por dia em relação ao seu dinheiro ou ao seu tempo?
Vamos simplificar e entender juntos: imagine que você tem uma moeda em mãos e pode comprar um sorvete ou um refrigerante, mas não ambos. Se você escolhe o sorvete, o refrigerante que você não comprou é o seu "custo de oportunidade".
Esse conceito nos ajuda a reconhecer o valor das opções que deixamos para trás ao tomar decisões, seja com dinheiro ou tempo. Em resumo, o custo de oportunidade é sobre o que você deixa de ganhar ao escolher uma opção em detrimento de outra. É uma ferramenta essencial para tomar decisões mais informadas e inteligentes.
O custo de oportunidade é outro conceito muito importante para que a pessoa tenha as ferramentas necessárias para fazer escolhas de qualidade com seu dinheiro e com seu tempo.
A vida é feita de escolhas, e para cada escolha que você faz há um custo de oportunidade. Cada vez que você escolhe uma coisa você desiste de outra:
- Se você decidir sair com os amigos para beber na sexta a noite provavelmente não conseguirá ir para a academia pela manhã....
- Se comprar um carro novo provavelmente não poderá fazer aquela viagem desejada....
- Se alguém te convida para jantar e para pagar a conta do restaurante, isso não significa que você recebeu uma refeição grátis... você passou 2 horas naquele jantar, tempo que você poderia ter gasto fazendo uma atividade que te renderia mais dinheiro ou satisfação pessoal.... portanto, tudo tem um custo de oportunidade.
Vamos contar a história de José e o seu desconhecimento do Custo de Oportunidade
José sempre foi uma pessoa determinada e focada em suas metas. Ao longo da vida, trabalhou duro e conseguiu economizar uma boa quantia de dinheiro. No entanto, mesmo com sua determinação, ele nunca tinha ouvido falar sobre o conceito de "Custo de Oportunidade" nas finanças.
Certo dia, um colega de trabalho comentou sobre um terreno à venda em uma região que estava se valorizando rapidamente. O preço parecia bom e a perspectiva de valorização era atraente. José, vendo uma oportunidade de investimento, decidiu usar a maior parte de suas economias para comprar esse terreno, acreditando que em poucos anos ele teria um excelente retorno.
No entanto, ao mesmo tempo, havia uma oportunidade de investir em um fundo de investimentos com uma taxa de retorno anual garantida muito acima da média do mercado. Muitos amigos e familiares mencionaram essa possibilidade para José, mas ele estava tão focado no terreno que não deu atenção a essa alternativa.
Os anos se passaram e, infelizmente, a região do terreno não se valorizou como José esperava. Na verdade, devido a problemas de infraestrutura e outros fatores, a área até desvalorizou um pouco. Por outro lado, o fundo de investimentos que seus amigos mencionaram se mostrou extremamente lucrativo, com retornos muito acima da média.
José sentiu a dor da decisão que tomou. Ele percebeu que o dinheiro que usou para comprar o terreno poderia ter sido muito melhor empregado no fundo de investimentos, gerando um retorno financeiro significativamente maior. Foi quando ele entendeu o que era o "Custo de Oportunidade": o valor de uma oportunidade perdida, a melhor alternativa de investimento que ele não escolheu.
O problema surge quando você nunca olha para o que mais poderia fazer como o seu dinheiro.
É sempre importante olhar para o custo de oportunidade quando for fazer suas escolhas, porque é um custo real
TUDO TEM UM CUSTO DE OPORTUNIDADE! E Pessoas bem sucedidas prestam atenção especial no custo de oportunidade.