A reserva de emergência para médicos é fundamental para garantir a estabilidade financeira em tempos de imprevistos. No dia a dia corrido de um médico, lidar com crises inesperadas, tanto na carreira quanto na vida pessoal, é uma realidade. Este vídeo oferece um guia completo com dicas essenciais para a construção de uma reserva financeira sólida e eficaz.
Aprenda a proteger seu futuro financeiro, garantindo que imprevistos não abalem sua segurança e tranquilidade. Abordamos as melhores práticas, estratégias e soluções personalizadas para médicos que buscam segurança em todas as fases de suas vidas. Não espere até que uma crise aconteça — prepare-se agora e mantenha-se financeiramente seguro. Este vídeo é o seu guia para construir uma base sólida, tanto para momentos de incerteza quanto para a tranquilidade do futuro. Assista e comece a garantir sua estabilidade financeira hoje mesmo!
Uma das principais dúvidas de muitos médicos recém-formados (e até mesmo os mais experientes) é sobre como lidar com o dinheiro recebido no salário ou pelas consultas.
Mesmo que os profissionais de saúde sejam naturalmente pessoas com um maior nível de instrução educacional, nem todos recebem a educação financeira esperada.
Com isso, muitos acabam não tendo uma vida financeira tão organizada e segura quanto gostariam ou planejavam.
De forma resumida, uma reserva de emergência é capaz de trazer segurança e autonomia profissional ao mesmo tempo.
Isso influencia na facilidade de tomar decisões, visto que a pessoa terá algum valor guardado para eventuais emergências ou mudança de rumos na sua vida profissional.
Formar uma reserva de emergência é o primeiro passo para ter uma vida financeira equilibrada e para manter a saúde mental em dia. Esse “colchão” fornece tranquilidade psicológica para as pessoas, pois funciona como uma espécie de seguro para casos como uma demissão inesperada, o surgimento de uma doença na família ou outra situação imprevista.
O que é uma reserva de emergência?
A reserva de emergência é uma economia realizada ao longo do tempo que seja capaz de bancar suas despesas mensais fixas por um determinado período, que deve ser acionada quando a pessoa sofre uma queda repentina de renda ou tem custos elevados também de maneira inesperada.
É, basicamente, um dinheiro que é investido para ter segurança diante dessas eventualidades. Por isso, trata-se de um investimento que não deve ser mexido.
Entre os casos mais comuns em que uma pessoa pode precisar utilizar a reserva de emergência estão:
- Eventuais problemas não cobertos por seguros;
- Demissão;
- Redução ou ausência de rendas que existiam anteriormente;
- Gastos com problemas de saúde pessoais ou familiares;
- Emergências financeiras relacionadas a golpes e roubos.
Qual a importância de ter uma reserva de emergência sendo médico?
A organização financeira de um médico é fundamental para que ele tenha sucesso em sua carreira.
E nisso, podemos incluir desde os profissionais que trabalham por conta própria em consultórios, até os médicos experientes que já tenham o seu próprio estabelecimento de saúde.
Profissionais que tenham sua reserva de emergência montada e suas finanças organizadas tendem a:
- Estarem mais prontos para abrir mão de determinadas posições quando oportunidades melhores surgirem;
- Organizar melhor as suas prioridades pessoais e familiares com relação ao consumo, objetivos e metas a médio e longo prazo;
- Realizarem melhor as suas tarefas profissionais, visto que com maior segurança financeira, terão também menos preocupações;
- Compreenderem quais são os riscos e recompensas possíveis na carreira;
Além disso, médicos que não tem uma gestão eficiente dos seus recursos, tendem a trabalhar mais com a “corda no pescoço”.
Isso faz com que oportunidades não vantajosas de trabalho sejam aceitas por eles. Tudo gerado por um medo de não conseguir pagar as suas contas ou de ter que baixar o padrão de vida.
Sendo assim, o profissional da área da saúde que não tenha se planejado e organizado financeiramente, tende a enfrentar problemas crônicos tanto com as finanças pessoais quanto com a satisfação profissional.
A importância da reserva de emergência para seu consultório ou clínica médica
Além da reserva de emergência pessoal ou familiar, a reserva de emergência empresarial é essencial para garantir maior segurança na gestão.
Quando a empresa conta com um valor adequado em caixa e que permita cobrir os custos essenciais e não essenciais por um determinado prazo, os gestores ganham mais tranquilidade para os próximos passos e tomadas de decisão.
É importante que esse dinheiro em caixa contemple a reserva de emergência e de forma separada o capital de giro. Isso faz com que só seja retirado do caixa o dinheiro realmente necessário para cobrir os custos da empresa, evitando qualquer tipo de confusão entre esses valores.
Além disso, a reserva financeira da empresa deve contemplar gastos que vão desde a folha de pagamento até gastos com fornecedores.
De acordo com um Levantamento do IBRE/FGV, durante a pandemia de COVID-19, 65% das empresas que sobreviveram a essa crise tinham algum tipo de reserva financeira no caixa.
Esse dado por si só já indica a importância da reserva empresarial.
Em quais casos é recomendado o uso da reserva?
Você entendeu que a reserva de emergência é um dinheiro que você guarda para cobrir imprevistos financeiros em situações emergenciais, certo?
Vale a pena pensar nela como uma espécie de seguro, em que o principal objetivo é ter, mas não precisar acionar.
Algumas pessoas acreditam que esse dinheiro deve ser usado em qualquer situação que exija recursos fora do orçamento — o que poderia incluir a compra de uma roupa para um evento inesperado.
No entanto, esse não é o objetivo da reserva emergencial. O motivo é simples: a situação não é, de fato, uma emergência, concorda?
Por outro lado, existem pessoas que sentem dificuldade em usar esse dinheiro, ainda que seja um imprevisto que justifique o gasto.
Então se você tem dúvidas se é ou não o momento adequado para usar a reserva emergencial, vale analisar se a despesa é urgente, inesperada e necessária. Caso a resposta seja sim para todos esses pontos, você estará diante de uma situação em que deverá usar a reserva de emergência.
Todo mundo precisa de reserva de emergência?
Uma dúvida muito comum sobre essa reserva financeira é: para quem o montante é indicado? Na prática, essa quantia exclusiva para emergências deve fazer parte do planejamento financeiro de qualquer um que tenha despesas em sua rotina — seja pessoa física ou jurídica.
Imprevistos podem acontecer com todos. Então, se você tem compromissos monetários, precisa estar protegido. Vale destacar que a reserva é ainda mais importante para indivíduos que tenham pessoas dependendo deles financeiramente.
II – Cálculo da Reserva Necessária
Uma dúvida bastante comum entre quem está montando a reserva de emergência é qual a quantia que deve ser destinada a esse objetivo. Apesar de não existir um montante exato, há um cálculo base que você pode fazer.
De maneira geral, a reserva de emergência deve ter recursos suficientes para cobrir um período mínimo de 6 meses das suas despesas médias mensais.
Assim, você pode se manter por até 1 semestre, caso a sua renda seja totalmente comprometida.
Isso significa que se a soma das suas despesas fixas com as temporárias der, por exemplo, R$ 10 mil por mês, você deverá assegurar uma reserva com recursos de no mínimo R$ 60 mil.
III – Formas de Acumulação
Beleza! Agora que você já entendeu a importância e os motivos de investir em uma reserva de emergência, é importante saber onde aplicar esse dinheiro de modo seguro.
O valor da reserva de emergência deve estar em um tipo de aplicação onde possua liquidez imediata, segurança e baixa volatilidade. De modo que o dinheiro possa ser retirado a qualquer momento sem riscos de prejuízo e com rendimentos que aumentem o valor investido.
Como você viu, um aspecto a ser observado no momento de investir a sua reserva de emergência é que o investimento tenha alta liquidez. Isso evita que você tenha dificuldades de acessar o dinheiro quando for necessário resgatar os recursos.
Nesse sentido, é importante que você saiba reconhecer algumas nomenclaturas utilizadas pelo mercado:
- liquidez imediata ou D+0: o dinheiro entra na sua conta logo após o resgate;
- liquidez diária ou D+1: o dinheiro entra na sua conta no dia útil seguinte à solicitação do resgate;
- liquidez D+30: o dinheiro entra na sua conta 30 dias após a solicitação do resgate;
- liquidez no vencimento: o dinheiro entra na sua conta na data de vencimento determinada na ocasião em que você fez o investimento.
Para isso, selecionei três exemplos de locais onde você pode investir sua reserva de emergência.
1. Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título público disponível na plataforma do Tesouro Direto e emitido pelo Tesouro Nacional com o objetivo de captar recursos para o Governo Federal. Devido às suas características, essa aplicação é considerada uma substituta da poupança.
A grande vantagem do Tesouro Selic sobre a caderneta é a maior rentabilidade, pois o título público rende 100% da taxa Selic (a taxa básica de juros brasileira) em qualquer contexto. Já a poupança pode apresentar retorno inferior em consequência de suas regras de rendimento.
Assim, mesmo que o Tesouro Selic tenha a incidência do Imposto de Renda, ele proporciona rentabilidades mais atrativas.
Além disso, a aplicação tem liquidez diária, pois o Governo garante a recompra de todos os títulos públicos quando os investidores solicitam o resgate antes do vencimento. Como o Tesouro Selic tem rendimento diário e baixa exposição à marcação a mercado, ela permite fazer resgates antecipados sem perda de rentabilidade.
Outro benefício é que, por ser um título público, a aplicação é integralmente garantida pelo Tesouro Nacional. Como o Governo é o único que pode emitir papel-moeda, o risco de crédito é bastante baixo.
2. CDB com Liquidez Diária
Outra possibilidade para investir a sua reserva de emergência são os CDBs (certificados de depósito bancário) com liquidez diária. Esses títulos são emitidos por instituições financeiras para captar recursos para suas operações, como oferecer empréstimos e financiamentos.
Em relação à rentabilidade, ela pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida (que apresenta uma taxa prefixada e outra pós-fixada). É bastante comum encontrar CDBs cujo retorno acompanha o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), uma taxa que fica próxima à Selic.
Vale ressaltar que a rentabilidade dos certificados de depósito bancário está sujeita à incidência de Imposto de Renda, conforme a tabela regressiva de alíquotas. Outra característica desses títulos é contar com a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), em caso de falência da instituição.
A entidade garante o pagamento de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição financeira. O limite global é de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos.
3. Fundos de Renda Fixa DI
No momento de alocar a sua reserva de emergência, você também pode recorrer aos fundos de investimento de renda fixa. Eles funcionam de maneira coletiva e, para participar dos seus resultados, é preciso adquirir cotas.
Para alocar a reserva, os fundos DI são uma excelente opção. Eles buscam acompanhar a taxa CDI, investindo em alternativas de alta segurança na renda fixa. Além disso, esses fundos oferecem liquidez diária e, na maioria dos casos, não cobram taxa de administração.